O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XVIII, nos apresenta um conjunto de ensinamentos profundos que ressoam através dos tempos, delineando os critérios para adentrar no reino dos céus.
Jesus, em suas palavras, nos adverte sobre a necessidade não apenas de professar fé, mas principalmente de viver de acordo com os preceitos do Pai.
O capítulo começa enfatizando que não basta proclamar “Senhor! Senhor!” para alcançar a graça divina. Muitos se enganam ao acreditar que simples atos externos de devoção são suficientes para assegurar um lugar nos céus.
Porém, o que verdadeiramente importa é a prática das virtudes, a realização da vontade do Pai que está nos céus.
Aqueles que se desviam deste caminho serão confrontados com a dura realidade de suas obras de iniquidade, pois o verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que traduz sua fé em ações concretas de amor, compaixão e serviço ao próximo.
A imagem da casa construída sobre a rocha e da casa edificada na areia serve como uma poderosa metáfora para ilustrar a importância da fundação sólida dos ensinamentos de Cristo.
Aqueles que ouvem as palavras do Mestre e as colocam em prática são comparados a um homem sábio que constrói sua casa sobre a rocha, resistindo às intempéries da vida.
Por outro lado, aqueles que ouvem, mas não praticam, são como o homem insensato que edifica sobre a areia, sujeitos à ruína quando as provações surgirem.
A continuidade do texto ressalta a gravidade de desviar-se dos mandamentos divinos e de ensinar outros a fazê-lo. Aquele que viola os ensinamentos de Jesus e incentiva outros a fazerem o mesmo será considerado o último no reino dos céus.
No entanto, aquele que os cumpre e os ensina será grande. Aqui, percebemos a responsabilidade não apenas de viver de acordo com os preceitos divinos, mas também de compartilhar esses ensinamentos com os outros, para que todos possam trilhar o caminho da verdade e da retidão.
Por fim, somos confrontados com a questão fundamental: quem são verdadeiramente os discípulos de Jesus? Não são aqueles que meramente o reconhecem como Senhor, mas sim aqueles que seguem seus preceitos com sinceridade de coração.
A devoção externa não é suficiente se não for acompanhada pela prática da lei do amor e da caridade. A verdadeira fé se manifesta não apenas em palavras, mas em ações que refletem o amor e a compaixão de Cristo.
Assim, as palavras eternas de Jesus nos convidam não apenas a professar fé, mas a vivê-la em nossa vida cotidiana.
São como um alicerce sólido sobre o qual podemos construir nossa jornada espiritual, garantindo não apenas a salvação futura, mas também a paz e a estabilidade nas vicissitudes da vida terrena.
Que possamos, portanto, não apenas ouvir, mas também praticar os ensinamentos do Mestre, edificando nossas vidas sobre a rocha da verdade e do amor.
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