Cuidar do Corpo e do Espírito
O capítulo 17 do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” aborda a intrigante questão da relação entre o corpo e o espírito na busca pela perfeição moral.
Jorge, um Espírito Protetor, nos convida a refletir sobre a importância de cuidar de ambas as dimensões, reconhecendo a interdependência que existe entre elas.
O autor inicia sua argumentação questionando se a maceração do corpo seria o caminho para atingir a perfeição moral. Para responder a essa indagação, ele parte de princípios elementares, destacando a necessidade de zelar pelo corpo, que exerce influência crucial sobre a alma.
A analogia entre corpo e alma como prisioneira e carcereiro ilustra vividamente a importância de manter o equilíbrio entre essas duas entidades tão distintas.
A dualidade entre o sistema dos ascetas, que preconiza o aniquilamento do corpo, e o dos materialistas, que relega a alma ao segundo plano, é apresentada como duas violências igualmente insensatas.
O autor destaca a inutilidade de ambas as abordagens e ressalta a necessidade de encontrar um caminho sábio para a vida.
No meio desse embate, os indiferentes são mencionados, caracterizados pela falta de convicção e paixão, revelando-se mornos no amor e econômicos no prazer.
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A contribuição do Espiritismo sobre a relação entre o corpo e o espírito
A contribuição do Espiritismo para essa complexa questão é apresentada como uma luz na escuridão. Revela-se que as relações entre corpo e alma são intrínsecas, demandando atenção e cuidado para ambos.
O apelo para amar a alma e, ao mesmo tempo, cuidar do corpo como seu instrumento é ressaltado, indicando que desconsiderar as necessidades naturais do corpo é negligenciar a lei de Deus.
O autor adverte contra o castigo do corpo pelas faltas cometidas, enfatizando a responsabilidade do livre-arbítrio.
A metáfora do cavalo mal dirigido reforça a ideia de que culpar o corpo por ações imprudentes é tão ilógico quanto responsabilizar o cavalo por acidentes causados por um condutor incompetente.
A busca pela perfeição não está na mortificação do corpo, mas nas reformas pelas quais o espírito passa.
Dobrar, submeter, humilhar e mortificar o espírito torna-se o meio pelo qual ele se torna dócil à vontade de Deus. Portanto, a perfeição reside na transformação interna do espírito, tornando-o menos egoísta, menos orgulhoso e mais caritativo para com o próximo.
Conclusão
Em suma, o texto de Jorge, Espírito Protetor, oferece uma perspectiva profunda sobre a relação entre o corpo e o espírito, destacando a importância de cuidar de ambos na busca pela perfeição moral.
A mensagem ressoa como um chamado à sabedoria e à compreensão da complexidade inerente à existência humana.
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