No palácio de Pilatos, sob o olhar inquisidor do governador romano, Jesus enfrentou questionamentos sobre sua realeza. Com serenidade, respondeu: “Meu reino não é deste mundo.” Uma declaração enigmática que ecoa através dos tempos e transcende as fronteiras terrenas.
Neste capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo, Jesus revela não apenas uma negação de poder terreno, mas aponta para um domínio além das aparências, um reino que se estende para além do alcance humano. Pilatos, perplexo, indaga sobre sua realeza, e Jesus, com uma clareza profunda, afirma que veio para dar testemunho da verdade, para proclamar algo que vai além das estruturas deste mundo.
A vida futura emerge como o cerne das palavras de Jesus, uma promessa de um destino além das vicissitudes terrenas. O capítulo explora a visão que Jesus tinha sobre a vida após a morte, uma visão que transcendia as compreensões limitadas da época. A vida futura é a verdadeira justificativa para as complexidades da vida terrena, alinhando-se perfeitamente com a justiça divina.
Contudo, as concepções dos judeus sobre a vida futura eram vagas e limitadas. Jesus, reconhecendo o entendimento limitado da humanidade naquele momento, revelou o princípio da vida futura sem adentrar em detalhes, ciente de que a plenitude dessa verdade seria compreendida quando os homens estivessem preparados.
É neste ponto que o Espiritismo entra em cena, complementando o ensinamento de Jesus quando a humanidade atinge maturidade para compreender a verdade. A vida futura, antes uma fé abstrata, torna-se uma realidade tangível através das experiências relatadas por aqueles que a testemunharam. O Espiritismo oferece uma compreensão mais profunda, transformando a vida após a morte de uma mera hipótese em uma realidade palpável, fundamentada em relatos detalhados e condições racionais.
Assim, “A vida futura” convida os leitores a refletirem sobre as palavras de Jesus, transcenderem as limitações das aparências terrenas e explorarem a verdadeira grandiosidade do reino que aguarda além da vida presente.
Fonte:
Capítulo II, Evangelho Segundo o Espiritismo – A Vida Futura
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