Falaremos sobre um trecho muito inspirador do Evangelho Segundo o Espiritismo, mais especificamente do Capítulo XVII.
Esse capítulo nos fala sobre a importância de sermos pessoas melhores e de como podemos alcançar a perfeição moral através da prática da justiça, do amor e da caridade.
O texto nos mostra que o verdadeiro homem de bem é aquele que vive de acordo com a lei de justiça, amor e caridade, buscando sempre a pureza em suas ações. Então, vamos analisar cada uma dessas características e entender como podemos aplicá-las em nossas vidas.
Cumprindo a lei de justiça
A primeira qualidade destacada no texto é o cumprimento da lei de justiça.
Ser justo é agir corretamente, respeitando os direitos dos outros e evitando qualquer forma de prejudicá-los. Para isso, é necessário que cada um de nós interrogue a sua própria consciência e questione se temos agido de acordo com essa lei.
Devemos nos perguntar se violamos essa lei, se praticamos o mal, se poderíamos ter feito mais bem, se negligenciamos a oportunidade de ser útil e se alguém tem alguma queixa contra nós.
Ao refletir sobre essas questões, nos tornamos mais conscientes de nossas ações e somos capazes de corrigir os erros cometidos.
Fé em Deus e na sua bondade
Outra qualidade fundamental é a fé em Deus e em sua bondade.
Devemos depositar nossa confiança em Deus, acreditando em sua justiça e sabedoria. Reconhecendo que tudo acontece de acordo com sua permissão, nos submetemos à sua vontade em todas as coisas.
Também é importante termos fé no futuro, colocando os bens espirituais acima dos bens materiais.
Sabemos que as vicissitudes da vida, as dores e as decepções são provas e expiações, e devemos aceitá-las sem murmurar. Através da fé em Deus, encontramos força para enfrentar os desafios e superar as dificuldades.
Caridade e amor ao próximo
O sentimento de caridade e amor ao próximo é uma das características mais importantes do homem de bem.
Fazer o bem pelo bem, sem esperar recompensas, é o princípio que deve nos guiar em todas as nossas ações. Devemos ser capazes de retribuir o mal com o bem, defender os fracos contra os fortes e sempre sacrificar nossos interesses em nome da justiça.
Encontramos satisfação nos benefícios que espalhamos, nos serviços que prestamos e no ato de fazer os outros felizes.
O primeiro impulso deve ser pensar nos outros antes de pensar em nós mesmos, cuidar dos interesses dos outros antes dos nossos próprios interesses.
Devemos ser bons, humanos e benevolentes para com todos, sem fazer distinção de raça ou crença, pois somos todos irmãos.
Respeito e indulgência
Além disso, o homem de bem respeita as convicções sinceras dos outros e não condenam aqueles que não pensam como ele.
O respeito é fundamental para a convivência harmoniosa entre as pessoas, e devemos ser capazes de respeitar as diferenças de opinião e os diferentes caminhos escolhidos pelos outros.
Também devemos ser indulgentes com as fraquezas alheias, pois reconhecemos que também somos suscetíveis a cometer erros e precisamos da indulgência dos outros.
Devemos lembrar a frase de Cristo: “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.” Não devemos procurar os defeitos dos outros nem evidenciá-los, mas, se for necessário, devemos sempre buscar o bem que possa atenuar o mal.
Busca constante por melhorias
O homem de bem é alguém que está em constante busca por melhorias. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente para superá-las.
Esforça-se para ser uma pessoa melhor a cada dia, para que possa dizer que tem algo de melhor em si do que na véspera.
Essa busca pela evolução não deve ser feita às custas dos outros, valorizando-se em detrimento deles. Pelo contrário, devemos aproveitar todas as ocasiões para ressaltar o que é proveitoso para os outros, para reconhecer e valorizar o bem que há neles.
Uso consciente dos recursos
O homem de bem também é alguém que usa de forma consciente os recursos que lhe são concedidos.
Sabe que tudo o que possui é um depósito que terá que prestar contas, e que o uso mais prejudicial que pode dar a esses recursos é usá-los para satisfazer suas próprias paixões.
Se a ordem social colocou outras pessoas sob o seu comando, ele as trata com bondade e benevolência, reconhecendo que são seus iguais perante Deus.
Usa sua autoridade para elevar a moral dos outros e não para esmagá-los com seu orgulho. Evita tudo o que possa tornar a posição subalterna dos outros mais penosa, promovendo um ambiente de trabalho harmonioso e respeitoso.
Respeito aos direitos dos outros
Por fim, o homem de bem respeita todos os direitos que os outros têm, assim como suas próprias leis naturais.
Ele entende que todos têm direitos inalienáveis, que devem ser respeitados, independentemente de como seus próprios direitos são tratados.
Essas são apenas algumas das qualidades que distinguem o homem de bem, mas aquele que se esforça por possuí-las está no caminho certo para alcançar a perfeição moral.
Devemos nos inspirar nessas características e colocá-las em prática em nossas vidas, buscando ser pessoas melhores a cada dia.
FAQs
1. O que é o Evangelho Segundo o Espiritismo?
O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma obra escrita por Allan Kardec que busca interpretar os ensinamentos de Jesus à luz da doutrina espírita.
2. Como posso me tornar um homem de bem?
Para se tornar um homem de bem, é necessário viver de acordo com a lei de justiça, amor e caridade, buscando aperfeiçoar-se moralmente e agindo sempre pensando no bem-estar dos outros.
3. Quais são as características de um homem de bem?
Um homem de bem cumpre a lei de justiça, tem fé em Deus, pratica a caridade e o amor ao próximo, é indulgente com as fraquezas alheias, respeita as convicções sinceras dos outros, busca melhorar constantemente, usa os recursos de forma consciente, trata os outros com bondade e benevolência e respeita os direitos dos outros.
4. Por que é importante cumprir a lei de justiça?
Cumprir a lei de justiça é fundamental para uma convivência harmoniosa entre as pessoas. Ser justo significa respeitar os direitos dos outros e agir corretamente, evitando qualquer forma de prejudicá-los.
5. O que significa ser indulgente com as fraquezas alheias?
Ser indulgente com as fraquezas alheias significa compreender que todos têm imperfeições e que é necessário ter compaixão e compreensão em relação aos erros dos outros. Devemos tratar as fraquezas alheias com benevolência, reconhecendo que também somos suscetíveis a cometer erros.
6. Por que é importante estudar suas próprias imperfeições?
Estudar suas próprias imperfeições é importante para o processo de melhorar como pessoa. Ao identificar nossas falhas e trabalhar para corrigi-las, nos tornamos pessoas mais conscientes e maduras, capazes de evoluir espiritualmente.
Conclusão
Ser um homem de bem não é uma tarefa fácil, mas é um objetivo pelo qual devemos sempre buscar. Cumprir a lei de justiça, ter fé em Deus, praticar a caridade e o amor ao próximo, ser indulgente e respeitoso são qualidades fundamentais para alcançar a perfeição moral.
Devemos nos esforçar para ser pessoas melhores a cada dia, estudando nossas próprias imperfeições e trabalhando para superá-las.
Ao colocar em prática essas características, estaremos no caminho certo para nos tornarmos verdadeiros homens de bem.
Espero que esse trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo tenha te inspirado tanto quanto a mim. Vamos juntos em busca da perfeição moral!
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